Crescimento próspero

(Palavra do Presidente veiculada na edição nº. 4 do Jornal da ACASE) Prezado amigo da ACASE, Com alegria, anuncio-lhe uma importante conquista da nossa associação: fomos autorizados e credenciados como voluntários sociais, pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal e pela direção do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), para a execução da Tenda do Acolhimento. Esse projeto está em nosso coração desde outubro do ano passado. Trata-se de um espaço, sob tenda, localizado no jardim externo do hospital infantil, dedicado ao acolhimento afetivo de pessoas em situação hospitalar ou com familiar nessa condição. Já contei, em vídeos institucionais e neste espaço do Jornal da ACASE, que iniciei este trabalho de acolhimento na área externa do hospital após viver um drama pessoal. Em janeiro de 2023, o meu filho se submeteu a uma cirurgia para retirada de tumor maligno. Nesse dia, aflito, me refugiei no entorno do hospital, onde, enquanto caminhava, respirava fundo e orava a Deus por um procedimento bem-sucedido. Naquele momento, entre tantos sentimentos, experimentei o medo, a solidão e a carência. Desejei a aproximação de algum transeunte, para um abraço, uma palavra ou uma oração. Ninguém apareceu. Um mês depois, eu estava na área externa do HMIB, por conta própria, dando aos meus iguais o que não tive em minha angústia. Após oito meses de corpo a corpo, de acolhimento à base de sola de sapato gasta, ocorreu-me otimizar o ministério. Para isso, fundei a ACASE. Em seguida, apresentei ao hospital a ideia da tenda. Com ela, em vez de ir até os aflitos, estes viriam a nós. A direção do HMIB aprovou o projeto. Assim, fizemos história: sou, como presidente da associação, o primeiro voluntário social registrado do hospital. Nesta edição, em reportagem da página 6, você saberá mais sobre a Tenda do Acolhimento. Por ora, registro a nossa alegria com a conquista e rogo a Deus que possamos ser, por meio do novo espaço, o amparo do aflito e do desconsolado na hora do medo e da dor. Não pararam por aí as novidades da ACASE no último bimestre. Criamos, em agosto, o projeto Ler é um remédio, o qual se dedica à entrega de kits de leitura a crianças internadas ou que visitam o hospital para uma consulta médica. Esta edição número 4 traz uma interessante entrevista com Renata Guimarães, especialista em Leitura em Voz Alta. Ela destaca, com referência cientifica, a importante contribuição que os livros e a leitura podem dar aos pacientes infanto-juvenis no processo de cura. Ao idealizar o Ler é um remédio para crianças, pensamos exatamente nisto: proporcionar passatempo, ativar a imaginação para longe do ambiente hospitalar, aliviar dores, estreitar caminhos para a cura. Já o Casa de Jairo, projeto inaugurado em junho e apresentado na última edição deste periódico, cresceu nos meses de julho e agosto. Nesse período, visitamos famílias, distribuímos 21 cestas básicas, amparamos mães de bebês com fraldas e assistimos uma criança autista com consulta particular em neuropedagogo. Temos carinho especial pelo projeto Casa de Jairo, braço social da ACASE e nosso modo de praticar o mandamento ensinado por Jesus: “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mt. 22.39). Vê-lo crescer, se ampliar, orgulha-nos. Cumprir essa agenda só é possível porque temos contado com a ajuda de voluntários, intercessores e colaboradores comprometidos com o serviço e a doação. A todos que têm ofertado tempo e recursos à ACASE, agradeço imensamente. Diz a sabedoria: missão se faz com os pés dos que vão, com os joelhos dos que oram e com as mãos dos que contribuem. Se a ACASE cresce, deve a muitos pés, mãos e joelhos generosos. Obrigado! Anderson OlivieriPresidente da ACASE

A frase-tudo

(Editorial da edição nº. 1 do Jornal da ACASE) “Só Deus mesmo!” é, para mim, a frase-tudo. Por isso faço questão de cunhá-la na abertura do editorial do primeiro número do Jornal da ACASE. A ideia é emprestada do poeta Carlos Drummond de Andrade, que definiu lindamente “gratidão” como “essa palavra-tudo”. O poeta revelou como compreende a gratidão em uma crônica de despedida, publicada em setembro de 1984, no Jornal do Brasil. Quanto à minha “frase-tudo”, descobri-a entre novembro de 2022 e março de 2023. Nesse período, Daniel, meu filho de três anos de idade, foi diagnosticado com um câncer na região sacrococcígea. Corri para o único lugar onde o desespero não podia me tocar: os braços de Deus. Só Deus mesmo para nos sustentar nessa situação (olha a frase-tudo aí!). E Ele, em minha dor, efetivamente foi tudo isto: amparo, refúgio, consolo, proteção, amor. Senti-me amado por Deus de uma forma constrangedora. Não demorou para o amor me ser, além de ofertado, ensinado, cobrado. E é aí está o embrião da ACASE. Porque houve um dia, nesse processo da enfermidade do Daniel e abraço do Todo-Poderoso, em que Ele sussurrou para mim um de seus mandamentos: ame o próximo! Não ficou “só” nessa advertência. Depois desse dia, vieram – da parte d’Aquele que é amor – reiterações do mandamento. Mas um dia o sussurro soou diferente. Foi em fevereiro ao sair do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) com o meu filho no colo, após extração de pontos cirúrgicos. Deus me chamou ali para uma missão: acolher, uma vez por semana, no estacionamento do hospital, pessoas em situação hospitalar. A ordem era orar por elas; ouvi-las; abraçá-las; anunciar-lhes o Evangelho; amá-las em Cristo. Obedeci. Lembro-me bem do primeiro homem a quem abordei. Estava ali por causa da filha de oito anos, internada desde a madrugada com dores abdominais severas e ininterruptas. Os gritos da garota podiam ser escutados de onde estávamos, no estacionamento. Àquela altura, os médicos já decidido pelo procedimento cirúrgico. Orei com aquele homem no estacionamento. Além de paz ao coração dos pais e provisão em relação às dores da garotinha, pedi a Deus pela cura dela, se essa fosse a Sua vontade. Despedi-me do homem naquela manhã, antes pedindo-lhe um contato telefônico. Queria notícia da garotinha, por quem, prometi, continuaria orando. Na tarde daquele dia, procurei-o, perguntando se a cirurgia já havia acontecido e se a garotinha sentia-se melhor. Ao me responder, suas primeiras palavras foram: “Só Deus mesmo”. Disse isso para depois me anunciar que os médicos estavam decididos a mandar a menina para casa. Ela estava rindo pelos corredores do hospital, sem as dores lancinantes. Ao terminar de ouvir a mensagem, não tive dúvidas: Deus havia operado um milagre. Não por mim, nenhum mérito eu tinha nisso, mas pelo poder e bondade Dele. Vivemos diversas experiências desse tipo em 2023. Até o lançamento desta primeira edição do Jornal da ACASE, já somamos mais de 100 orações realizadas no HMIB; quase 150 vidas apresentadas a Jesus; mais de 70 livros devocionais do pastor Élcio Lourenço entregues gratuitamente a pessoas em situação hospitalar; diversas visitas a leitos de crianças internadas; além da doação de remédios, cestas básicas, roupas e instrumentos de trabalho a pessoas carentes conhecidas a partir das visitas ao HMIB. Em dezembro do ano passado, recebemos a direção de Deus para estruturar esse trabalho a partir de uma associação. Surgiu então a ACASE, que já conta com o suporte de alguns colaboradores voluntários, mantenedores e intercessores. Precisamos, ainda, aumentar o time de apoio nessas três áreas. Por isso, desde já, deixo o convite a você, leitor deste jornal, para que se una a nós nesta missão de amor. Com presença em nossas atividades no hospital, com doações ou com orações de intercessão, você nos ajudará na realização de todos os projetos audaciosos que estabelecemos para 2024. E, claro: a você que se sentiu motivado a nos ajudar, nossa gratidão, “essa palavra-tudo”. “Só Deus mesmo” para lhe recompensar e revelar o quanto amar o próximo nos aproxima de Deus. Um abraço, Anderson OlivieriPresidente da ACASE

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